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domingo, 20 de março de 2011
posted at 09:11

As festas mais legais e divertidas que eu já fui quase sempre começavam antes mesmo de sair de casa. Isso porque um dos momentos mais gostosos da noite era quando chamava minhas amigas para nos arrumarmos juntas, e no pacote incluía-se muita risada e uma boa prévia se a noite seria boa ou ruim. Aquela sensação maravilhosa de que a grande magia da noite já estava acontecendo ali, junto com elas.

Pode parecer até meio piegas, mas só quem já compartilhou desses momentos entende do que eu estou falando. Acho que talvez por isso - e por todos os motivos óbvios – eu achei esse editorial da Vogue Alemanha de fevereiro tão lindo.  Eu queria ter falado dele já há algum tempo aqui, desde quando essa belezinha de revista – com capa linda da Milla Jovovich – veio parar nas minhas mãos, mas com um turbilhão de coisas que aconteceram ultimamente só consegui vir agora. De qualquer forma espero que esse seja o último post por aqui, já que se tudo der certo esse blog aqui ganha cara e endereço novo logo logo.

Mas vamos as fotos, já que tanto glam assim, nas roupas, na maquiagem, na vibe anos 70 e na leveza dos tecidos, só me faz querer dizer: Arrasem, meninas!


O editorial chama NIght Fever, algo como Embalos da Noite, e traz as lindas Ieva Laguna e Ilva Hetmann sob as lentes de Sebastian Kim. Achei que essa aura de anos 70 foi super bem traduzida nas fotos, até porque estão aí vários “clichês” dessa década, que dependendo de como colocados podem se transformar em fotos mais do mesmo, num editorial que respira anos 70 como tantos outros. Mas é aí que eu me surpreendo porque tudo está aí - desde as roupas coloridas, esvoaçantes e chamativas, até as flores no cabelo, os óculos gigantescos e os cabelos ondulados, volumosos e ‘joga de lado que ele já fica lindo’ -  e, mesmo com tudo isso, com todas essas referências, não me parece batido, não é uma foto que eu veja e pense: “ai, mas de novo isso?!”. E acho que o legal de editoriais – e não só editoriais, isso vale pra textos ou o quer que seja – é que se aquilo já foi feito over and over again, não quer dizer mais que não possa ser feito, apenas depende de como você vai fazer pra aquilo não cair no senso comum. E é aí, na originalidade, que as coisas funcionam.

Eu adorei que nessa primeira foto elas aparecem só de calcinha sem chamar a atenção pro fato. Porque cansei de ver editoriais em que se a modelo tá com uma “roupa a menos” e o foco vai pra isso, sendo que a história – no caso elas estão se arrumando pra festa, então mais do que natural uma cena assim – fica em segundo plano. 



Com o cabelo preso, a gente percebe como tudo é forte e impactante na foto: a roupa brilhante, o lábio vermelho-vinho e esse olho todo esfumaçado que salta e chama tanta atenção quanto a roupa.


Tecidos que se misturam, que se entrelaçam, que viram um só, que deslizam...


E quem disse que só de roupas coloridas e fortes vivem os anos 70? Eu acho que é exatamente uma foto assim, com roupas mais claras, que equilibram o editorial. E eu só tenho a dizer que uma roupa com caimento assim é uma roupa que não precisa de explicações.




Linda, linda. Essa foto me inspira. Desde a cor do sofá até esse cabelo que quase tem vida própria. Só fico triste porque a sandália fica em segundo plano, e nunca achei que o que vai sob os pés seja menos importante para o conjunto. Ao contrário... Aliás, em apenas duas fotos conseguimos ver o que está nos pés das modelos.






As roupas e acessórios usados no editorial misturam marcas e acessórios como Marc Jacobs, Bottega Veneta, Louis Vuitton, J. Max Mara, Fendi, Giorgio Armani, Dries Van Noten e Emiliio Pucci, só para citar alguns.

O style fica por conta de Katie Mossnan.


Vontade de sair e cair na night.

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
posted at 05:24



Em dezembro, numa das muitas conversas que rolaram no trabalho, tivemos uma séria (e longa) discussão sobre a relevância do jornalismo de moda, principalmente sobre a crítica de moda.

Eu acho tão bom poder discutir esse tipo de assunto com pessoas fora do jornalismo! Primeiro, e óbvio, que quando você discute algo que diz respeito a sua área com pessoas que estejam fora dela, você passa a enxergar outras visões do assunto, "descobrindo” outros ângulos da situação que você ainda não tinha pensado tanto.

Na nossa conversa o que mais discutimos foi a formação do jornalista de moda, e qual a bagagem que ele tem/teve pra falar sobre determinados assuntos. Bom, vamos com calma... nossa conversa não dizia respeito a quantas faculdades, cursos de especialização ou nomes de peso ele carrega no currículo. Claro que isso faz diferença, mas é claro também – e isso me fez pensar muito – que a formação de um jornalista de moda vai muito além dos livros e do conhecimento que ele tem de style, de história, de fotografia... Estávamos pensando quantos jornalistas realmente tinham um conhecimento prático de moda.

Você sabe se aquele tecido pode funcionar dessa maneira? Você sabe se aquela gola vai ter a sustentação que você imaginava? Você tem ideia como foi possível fazer com que a forma e a estrutura da peça ficasse tão rígida? Se de longe isso pode parecer necessário, mas não tão relevante quanto os outros conhecimento ditos acima, cheguei a conclusão que, bem, no fundo ambos são importantes e essenciais da mesma maneira.

Fiz um exercício de auto reflexão e percebi que além do conhecimento que os livros, que as pesquisas e que as experiências em blog e sites de moda podem me trazer, cursos práticos e o conhecimento da visão do estilista, daquele que vai montar a peça, que vai planejar toda a coleção, são extremamente necessários.

Tudo bem que é obvio que pra falar com propriedade do assunto você tem que ter uma visão tanto teórica quanto prática, mas já parou pra pensar em como a visão do ‘por a mão na massa’- ou no manequim, no tecido - fica meio esquecida no jornalismo de moda? Ou melhor, que essa visão prática – tecidos, padronagem, cartela de cores, enfim, todo esse processo – acaba ficando também na teoria? Não to falando que todo jornalista de moda tem que ser formado em jornalismo e em moda, mas acho que buscar cursos que dêem essa visão e esse contato, literal, com as peças são necessários. E isso é algo que anotei pra mim, para o que eu quero e espero dos anos que vão vir. Porque aprender alguma coisa nova nunca é demais, ainda mais quando isso te dá uma bagagem incrível e te coloca no caminho que você quer seguir.


Imagens: we heart it

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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
posted at 06:30


Nâo, definitivamente não se deve esperar abrir as páginas de O evangelho de Coco Chanel e encontrar um livro sobre moda, ou ainda, pura e simplesmente, uma biografia da estilista francesa. Muito menos um texto sobre auto ajuda. 


O Evangelho de Coco Chanel, escrito pela americana Karen Karbo, é uma tentativa um tanto quanto ousada de recriar mais do que uma história, mais do que um passo a passo do que transformou Chanel em Chanel.

Uma verdadeira tentativa de entender a essência chaneliana; o que de fato esse espírito, esse olhar apurado sobre a vida, sobre os negócios e sobre a moda fizeram com que a estilista tivesse uma importância atemporal não apenas no campo que escolheu trabalhar.

Pode parecer um tanto quanto estranho e de fato é, afinal o livro foi lançado em 2010 e por mais que Karen Karbo tenha se lançado ao longo de dois anos em pesquisas sobre o assunto, todas as passagens tem um quê de impressões pessoais presente. O que, no entanto, não tira seu mérito em ser ácido e livre de grandes regras de ética, bem ao estilo de Chanel, eu diria.

O que me gusta no livro é seu tom irônico, é a facilidade com que Karen mostra uma Chanel em processo de “ser Chanel”, uma mulher que, indiscutivelmente, nunca haverá outra igual. 

Paralela a história de Coco, Karen Karbo ainda conta a sua própria história, ou melhor, a sua própria saga há procura de um verdadeiro casaco Chanel-Chanel (e não Lagerfeld – Chanel como deixa bem claro). É uma procura longa e complicada, que mesmo em solo francês tem uma dificuldade imensa em se realizar (a máxima de que as francesas são únicas e imponentes faz um sentido enorme aqui).

De qualquer forma, sua saga pelo casaco é contada ao lado da história da protagonista:  uma mulher que desde sempre pregava que menos é mais e que. acima de tudo, não conseguia entender (alguém entende?) como as mulheres podiam se sentir bonitas em roupas que lhe apertavam, que lhe maltratavam e que as transformavam em verdadeiras alegorias.

Suas brigas com Paul Poiret, seus casos de amor, sua determinação em colocar o trabalho acima de tudo, mesmo que isso lhe custasse horas e horas a fio em pé no seu ateliê costurando uma manga quantas vezes fosse necessário até atingir a perfeição.  Sua capacidade de ressurgir, aos 80 anos de idade, para mostrar que ninguém – nem mesmo Dior – tornaria as mulheres desconfortáveis novamente. 


Para quem quiser saber mais sobre o livro recomendo essa matéria da Istoé, publicada em 11 de junho de 2010 quando o livro havia acabado de ser lançado no Brasil.

Para quem quiser comprar o livro, dá pra fazer a compra online pelo site da Livraria da Travessa.

Para quem achou a data de lançamento do livro próxima à avalanche de publicações sobre Chanel em filmes e livros, está certo. 
Se alguém se arrisca e faz sucesso, bem, vocês já sabem o resto...

As ilustrações do post são as mesmas ilustrações que aparecem nas páginas do livro, feitas por Chesley Mclaren.

Abaixo alguns trechos da publicação


“Na França, ser feminina indica que você gosta dos homens, que você está disponível para eles e quer tê-los do seu lado, mesmo tendo atributos que nós normalmente associamos aos homens.” – Debra Ollivier em carta para Karen Karbo


"As suas espetaculares ligações, suas fúrias, suas grosserias, suas fabulosas joias, suas criações, seus caprichos, seus excessos, sua bondade assim como seu humor, tudo isso faz parte da sua personalidade única, cativante, atraente, propensa a exagero e muito humana [...] Ela olha para você com ternura, depois meneia a cabeça e você é condenado à morte.” – frase de Cocteau sobre Chanel


“Ela concordou quando Beaux sugeriu o uso de moléculas sintéticas, captando as nuances de usar algo artificial não só para imitar o cheiro real, mas para fixá-lo, sem permitir que ele desaparecesse. Conceitualmente, ela gostou da ideia de um perfume ser uma coisa construída, como um vestido com um lindo modelo." – Karen Karbo sobre o Chanel nº5


“Antes de sair de casa olhe-se no espelho e tire um acessório” – Chanel


“A moda é sempre da época em que se vive. Não é uma coisa independente. Mas o grande problema, o problema mais importante é rejuvenescer as mulheres. Fazer as mulheres parecerem jovens. Então elas veem a vida de modo diferente. Elas se sentem alegres.As mulheres sempre foram as que são fortes no mundo. Os homens estão sempre procurando nelas um travesseirinho para nele encostar a cabeça. Os homens estão sempre ansiosos pela mãe que os punha no colo quando eram bebês. As mulheres precisam dizer aos homens que eles são fortes. Eles são os grandes, os vigorosos, os maravilhosos. Na verdade as mulheres são as fortes. É o que eu penso. Não sou professora. Emito minhas opiniões mansamente. E são verdade para mim. Não sou jovem, mas me sinto jovem. No dia em que me sentir velha eu irei para a cama e lá ficarei. J'aime la vie. Acho que viver é uma coisa maravilhosa."– Chanel em entrevista ao New Yorker


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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
posted at 06:55

Sexta-feira, prenúncio de final de semana e esta que vos escreve pode finalmente gastar seu tempo com coisas triviais – e ai-meu-deus-que-falta-faz – como passear por blogs alheios e se divertir com imagens e vídeos legais. Tudo isso porque finalmente as férias chegaram, mesmo com um projeto de pesquisa e uma mudança pra casa nova em vista, mas de qualquer forma chegaram. Minha passagem por Sâo Paulo, o trabalho na Luminosidade e o São Paulo Fashion Week passaram tão rápido e tão devagar quanto esse parodoxo pode parecer. Mas, independente de tempo, acho que esse descanso pós semana de moda vai ser essencial pra que eu faça um balanço de inúmeras coisas que aprendi, profissional e pessoalmente, nesses dois meses que estive na capital paulista.

Participar, literalmente, de uma semana de moda foi sem dúvida uma experiência incrível já pelo fato de que foi meu primeiro contato real com moda. Ok, não que livros, estudos, pesquisas e blogs não sejam, mas participar de uma semana de moda me deu uma amplitude maior – e uma visão maior – de coisas que sentada na poltrona de casa eu não imaginava. Ou até imaginava, mas não estava lá para ver ao vivo e a cores.

Comecemos pelo fato de que ver um desfile pelo vídeo e um desfile pessoalmente são experiências bem diferentes e, pra quem nunca havia visto um de pertinho (oh yeah, essa sou eu), dar de cara com uma profusão de desfiles de estilistas que admiro e que contribuem pra construirmos nossa moda brasileira é meio assustador. Mais assustador ainda é acompanhar tudo isso numa mesma semana, num corre corre louco que parece não ter mais fim. Soma-se a isso o fato de participar do evento por ‘trás’ dele, estando lá nos ensaios, nos desfile, na organização, enfim, meio que no passo a passo da semana de moda. Então, se assistir o desfile é bom, participar e poder acompanhar tudo por dentro – vendo o trabalho na sala de imprensa, vendo a organização e preparação de cada desfile, vendo a construção e as soluções que tem que ser encontradas pra problemas que aparecem ali na hora - é uma baita carga de informação.

Falar do que mais gostei (ou não) desse São Paulo Fashion Week fica para um próximo post, mas por enquanto, no momento em que ainda estou experimentando a sensação de ficar largada na frente do computador sem maiores preocupações, minhas considerações serão mais sobre a visão e algumas pequenas conclusões que uma primeira (e avante!) semana de moda traz.




How can I start?

As pessoas no Sâo Paulo Fashion Week – leia-se as pessoas que passam pelo evento – são um capítulo à parte. Chega a ser desconcertante certas coisas que você presencia, certos egos inchados, certos exibicionismos tão, tão surreais. É óbvio que uma boa parte das pessoas que estão ali, estão ali pelo trabalho, pela produção do evento, pelo seu papel profissional e, consequentemente (apesar de isso nem sempre ser verdade) pela consciência do que o SPFW realmente representa. No lado oposto, tem aqueles que literalmente estão lá pra sair na foto. Ou, se não, pra ver gente famosa. Isso é tão constante nos corredores e fica tão evidente nas loucuras e bizarrices que você vê pelos corredores da Bienal que chega a ser cansativo. 

Pode parecer muito nheco nheco, mas é meio triste ver tanta luta pra aparecer na foto da revista, tanta tietagem por gente que a pessoa mal sabe quem é. Vamos abrir uma parênteses! Não sou avessa a tietagem – confesso que fui falar com Costanza Pascolato com o olho igual do gato do Shrek - mas acho bacana quando a gente sente e demonstra essa admiração por questões profissionais, por uma qualidade especial da pessoa, por um plus que aquela pessoa demonstrou naquilo que ela faz. Mas, incrivelmente, você vê gente correndo atrás de famoso sem nem saber quem ele é! No desfile da Colcci, que teve o maior número de celebrities na passarela , o pessoal  aplaudiu loucamente a Gisele e a Alessandra Ambrósio – como já era de se esperar – e ficou na maior ansiedade pela entrada do Ashton Kutcher. Qual não foi minha surpresa quando lá pelas tantas do desfile uma galera atrás de mim começou a bater palma e ir a loucura com a entrada de um dos modelos na passarela. O fato é que eles acharam que o modelo era o ator americano e já saíram gritando, ou seja, eles mal sabiam quem era Ashton Kutcher! O exemplo foi só para ilustrar, mas essa atitude foi tão corriqueira nos seis dias de evento que me deu um cansaço absurdo, uma decepção latente de que as pessoas ainda acham que tudo tem que virar um show, uma corrida pra ver quem aparece primeiro com a moçinha-da-novela na foto ou ainda quem sai na revista com ‘look de it-girl’. Resumindo? Preguiça infinita dessas pessoas. E uma salva de palmas pra quem trabalha incansavelmente pra continuar a fazer do evento um evento sério – ainda bem – e pra mostrar que tem gente que saber ser profissional.


É uma correria danada pra tudo funcionar do jeito e na hora que deveria funcionar. Tudo bem, os desfiles quase sempre atrasam, mas há um ensaio louco antes da apresentação pra que tudo funcione de forma integrada. Hora exata que a trilha sonora entra, hora exata que a iluminação tem que começar – com gradiente de luz certo, claro. As modelos quase sempre ensaiam os desfiles antes e isso pode se repetir muitas e muitas vezes. Não entrou na hora certa? Vai de novo! Não tá no ritmo certo? Vai de novo! E isso varia de desfile pra desfile porque tudo tem que sintonizar com a trilha, com a duração e com o efeito que a coleção vai passar. Além disso, é bacana ver a construção de cenário que algumas marcas fazem. Quando assistimos o desfile já vemos o cenário todo prontinho, a passarela já toda arrumada – não são todos que tem cenário e passarela – e às vezes não temos noção do tempo e da dedicação que aquilo necessitou. 

Alguns desfiles, que tinham cenários mais elaborados - como o do Ronaldo Fraga – só tinham a sua apresentação na sala aquele dia, porque levava muito tempo pra montar/desmontar tudo. Outra coisa bacana de se notar e parte mais do que essencial são as modelos. Mais especificamente a cumplicidade que as modelos têm entre si. Tá, como em qualquer outro lugar de trabalho é normal que laços se formem, mas no caso específico dessas meninas – que na grande maioria dos casos são muito novinhas e já estão longe de casa, tendo suas vidas e batalhando desde cedo pelos seus sonhos –  os perrengues, os problemas, as viagens, a vida incerta é dividida. Bacana mesmo foi ver o ensaio do desfile Do Estilista (Marcelo Sommer) já que ele chamou suas amigas da década de 90 e tudo parecia um encontro de comadres. Era engraçado ver aquelas modelos veteranas batendo fotos, dando beijinhos, abraços, matando a saudade das amigas do tempo de passarela. Rolava uma amizade verdadeira no ar, dava pra sentir um cheirinho de cumplicidade.
Mais do que isso, os desfiles são a parte central de todo o SPFW. O que vai virar a pauta principal no dia seguinte, o que é a essência de toda a organização do evento, então não dá pra deixar de lado e fazer de qualquer jeito. O que você pronto na passarela depois , tendo gostado ou não, teve muito mais trabalho pra chegar até ali do que possa imaginar.


Reclamações não faltaram. Nessa edição a presença da imprensa nos desfiles foi mais exclusiva e taxativa: só entrava quem tinha convite e ponto. Entre gritos e arranhões, as coberturas saíram. De vários modos.

Pra mim foi uma coisa meio louca (e linda) ver gente tão boa lado a lado: Erika Palomino, Gloria Kalil, Lilian Pacce, Costanza Pascolato (não canso de citá-la), a turma do FFW, as meninas da Oficina de Estilo, enfim, todo um pessoal incrível e profissional. E pisar na sala de imprensa? Gente descarregando foto, aprontando texto que tinha que subir custe o que custar, gente acompanhando o telão com as últimas notícias da Bienal, gente reunida na tv central pra ver o desfile que rolava no momento... foi uma coisa meio louca. Pra mim foi meio emocionante (sou sentimental mesmo, tá), meio momento friozinho na barriga ao entrar naquele lugar e ver aquele pessoal. O pessoal responsável por você conseguir acompanhar tudo aí da sua casa.


É uma semana de moda que, pra muita gente, ganha status de festa aqui no Brasil – mas não vou me alongar mais no quesito pessoas enfadonhas. Tem mistura de egos, mistura de estilos, mistura de profissionalismo e muita correria. Tem famoso que aparece pra dar pinta, tem estilista que chora quando vê a coleção pronta, tem desfile que faz você ficar com os olhos marejados. Tem uma mistura de conceitualxcomercial por onde quer que você olhe. É uma forma de reunirmos grandes nomes da nossa moda num mesmo lugar e mostrarmos seu trabalho pra próxima estação. Trabalho. Palavra que define em vários sentidos o SPFW.

Observações:
* A trilha sonora de Come Together da Ghetz foi minha preferida – apesar do desfile ter sido grande demais e a música ter se repetido demais. Alguém sabe onde consigo baixar essa versão?
* Próximo post vou falar sobre as coleções, sem tentar ficar no mais do mesmo.
* Espero que alguém tenha paciência pra ler tudo isso.

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
posted at 17:37

Em sua terceira passagem pelo Fashion Rio, Lucas Nascimento provou, mais uma vez, que seu nome está longe de ser um sucesso passageiro.

Nascido em Bonito, interior do Mato Grosso do Sul, Lucas aprendeu ainda pequeno o ofício que seguiria como profissão. Foi ainda aos 11 anos de idade que o menino aprendeu a tricotar com a mãe e, depois de descoberto o gosto pelo tricô, não parou mais. Em 2001 – com apenas vinte anos de idade – decidiu se mudar para Londres, onde começou a trabalhar como braço direito do designer Ziad Ghanem. A experiência profissional o incentivou a começar um curso na London Fashion Design for Knitwear [design em tricô]onde se especializou na técnica.


Logo foi chamado para trabalhar com o grande mestre do tricô, Sid Bryan, responsável pelo desenvolvimento de peças para grandes marcas como Giles Deacon e Jonathan Saunders. Seu trabalho em solo londrino teve seu primeiro reconhecimento no Brasil em 2007, quando Lucas Nascimento foi convidado por Camila Yahn para participar do projeto Pense Moda. A participação lhe rendeu grandes frutos: foi chamado para criar peças em tricô para a marca Amapô, eu seu inverno 2009 apresentado no SPFW, e também para a 2nd Floor.

Em 2009 o estilista criou a marca Lucas Nascimento e, logo de cara, estreou na passarela do Fashion Rio inverno 2010. A coleção apresentada deixou o público do Pier Mauá encantado, já que o tricô apresentado deixava de lado sua velha imagem de peça ‘pesada’ e moldava silhuetas sensuais no corpo das modelos.



Defensor do tricô como uma técnica que, se bem trabalhada, pode perfeitamente ser usado em países tropicais como o Brasil, Lucas Nascimento provou que em seu verão 2011 o tricô era rei! Misturado a tecidos sintéticos e lurex, as tramas do estilista resultaram em peças bem acabadas, de texturas finas e transparências.


Na última edição do Fashion Rio, Lucas misturou texturas ora leves ora pesadas, com um tricô lembrando feltro trabalhando diferentes formas geométricas em suas modelagens.


Com o São Paulo Fashion Week as vésperas de começar, o estilista prepara uma nova surpresa para seu público: após assumir a direção criativa da Ghetz – que já existe há quinze anos no mercado – sua estréia a frente da marca se dará na passarela do evento, no sábado dia 29 de janeiro.
A Ghetz, que visa agregar informação de moda a sua produção industrial, agora conta com um grande trunfo para realizar seu desejo: as mãos e o tricô impecável de Lucas Nascimento.

Esse texto foi originalmente publicado no blog de Consultoria de moda À moda da casa





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domingo, 16 de janeiro de 2011
posted at 18:12

Bom, o fato é que desde quando comecei o Mode Fabuleux tinha pretensões de criar uma editoria de Estilo por aqui, mas para que o projeto vingasse eu tinha em mente algumas coisas bem definidas.

A primeira delas é que gostaria de mostrar pessoas comuns, que podemos encontrar saindo da padaria da esquina ou um amigo do amigo que de vez em quando frequenta os mesmos lugares e festas que você. Queria pessoas comuns que, no entanto, são aquele tipo de pessoas que se destacam em meio a multidão pelo jeito que andam, pelas roupas que vestem, pela forma como se comportam, se impõem perante o mundo, pelas opiniões expressas no look, no cabelo... Enfim, pelo conjunto da obra por assim dizer. Porque cada um tem seu estilo, sua forma de agir e pensar, mas sempre haverá aqueles que brilham por onde passam. Daí que a idéia da minha editoria de Estilo é bem próxima a isso. Não quero mostrar apenas a roupa, mas a pessoa por trás dela e, o mais importante de tudo, o que essa pessoa e atitude expressa. O segundo ponto é que não queria estereotipar ninguém que passasse por aqui com apenas uma palavra. Porque ninguém é apenas romântico, rocker, clubber, retrô, etc... mesmo que tenhamos um ou outro desses looks e posições mais marcantes quase sempre usamos e abusamos de suas combinações. Somos revolucionários num dia, sonhadores de alma e coração e no outros mais realistas e minimalistas. Gostamos do passado, mas também nos dedicamos ao presente e demos pitadas do que esperamos do futuro. Assim como a moda caminha, como ela gira num turbilhão de ideias, adotamos diferentes posturas e visuais no nosso dia-a-dia. E existe coisa melhor do que podermos incorporar diferentes inspirações?

Assim, colocada essas duas coisas em mente achei que não teria pessoa melhor para estrear essa editoria do que a Sarah. As fotos ficaram muito bonitas, e a mini-entrevista e as curiosidades explicam um pouco melhor sobre ela. Espero que gostem das fotos e de tudo, porque estilos assim sempre são bacanas de serem mostrados.

Enjoy ;)


Quem não se lembra do gato Félix? Aliás, desenhos animados há muito ganharam seu espaço nas roupas e, além de originais, formam looks bem divertidos, tirando a monotonia de determinadas combinações. A gente não consegue ver o cabelo todo da Sarah, mas dá para perceber que o cabelo preso dá mais destaque aos olhos – super marcados – e a make up pesada brinca com o tom mais leve e despojado da roupa. Calça jeans larguinha e rasteirinha completam o visual.

Vou confessar que essa é minha foto preferida. O cabelo e make up continuam aí, mas agora a gente dá de cara com... renda! Super feminina - ainda mais com a influência que as lingeries vem ganhando – rendas são lindas, mas devem ser bem dosadas... Na outra foto dá para observamos o conjunto todo, com essa blusa linda, trabalhada de forma tão bonita. O cintinho e a saia, com uma altura e cores ótimas pra acompanhar, fecham parte da roupa. Apenas parte mesmo, porque essenciais mesmo são os acessórios e o oxford – ninguém mais duvida da força que eles tem.
Anéis, bolsas, colares: é sempre importante lembrar que acessórios podem fazer toda a diferença no visual, sendo muitas vezes os maiores responsáveis por seu sucesso ou não.


Essa foto me faz pensar como uma ‘terceira’ peça na roupa sempre dá um toque diferente. Casaquinhos, lenços, coletes, cardigãs, boleros, etc... eles se tornam, muitas vezes, a peça principal, como a gente observa na foto. Uma roupa super básica, como shorts jeans, regata branca e cintinho marcando cintura ganha um toque todo especial quando o colete é acrescentado. Mesmo na P&B (fica a imaginação de cada uma para pintar o coletinho) a presença da peça dá uma roupagem nova na foto.


Oh, o navy! Na primeira e na segunda foto a referência ao navy é marcante, mas ela vem acrescida do jeans, peça adotada pelo bom brasileiro. Na primeira foto o comprimento do colete jean não ‘briga’ com o comprimento do vestido e o cinto grosso ajuda na modelagem da roupa marcando a cintura. Na segunda foto o navy se encontra com o babado, e suas listras mais finas ajudam a construir o visual romântico. Além das rasteirinhas e sapatilhas – salto é bom, mas tem que ter um pé de ferro pra aguentar 24 horas diárias, né – eu destaco o cabelo da Sarah, que vem solto na primeira foto e...voalá! Cabelo ondulado é um tesouro – e olha essa cor!

A última foto, mas não menos importante, me conquistou entre outros motivos por um detalhe lindo: o quadro da parede de fundo. Me dá a impressão que a Sarah está no meio da cena, olhando de lado e pensando em seguir outro caminho que não o da rua de paralelepípedos (ok, impressões e viagens minhas haha). O jeans aparece de novo e o tom rosado e fresquinho do visual ganha um poderoso salto cinza chumbo, com um make bem natural.

Abaixo segue a entrevista com a Sarah e algumas curiosidades sobre essa guria bonita e estilosa.

Nome completo: Sarah Petruz
Idade: 19 anos.
Profissão/pretensões profissionais: Atualmente eu trabalho em uma loja de roupas "de marca" em Leme (interior de São Paulo), mas pretendo cursar faculdade/cursos na área de Produção de Moda.
Moda é.... Você colocar do lado de fora do corpo sua forma de pensar, ser e agir.
Estilista preferido: Coco Chanel. Mas gosto bastante do McQueen.
Coleção inesquecível: Não foi uma coleção, mas sim, o desfile de comemoração da Rauph Lauren todo em 4D!
Achei incrível! Acho que esta foi a última coisa que me agradou muito! (Minutos depois) Minto! Acabei de me lembrar do último desfile (inverno) da Chanel, em um palácio (cujo nome não me lembro), com uma réplica de um iceberg, e ao som de The Verve com 'Bittersweet Symphony'. *suspira*
Ícone fashion: Eu não tenho um ícone fashion, eu gosto de observar tudo e à todos, e isso vai desde os sessentinhas, até a mais inesquecível it girl do momento. Esses dias por exemplo, eu estava chegando em casa, quando passou um senhora, negra, baixa e meio gordinha, com um vestido de máxi-estampas africadas e um lenço, tipo, turbante na cabeça. Me apaixonei! Já queria enrolar um pano, mas né, acho que não ia combinar muito com a minha pessoa, hahahaha.
Qualquer pessoa por mais anônima que seja, (ou não) sabendo se vestir e se portar bem com aquela roupa se torna um ícone fashion admirável. (Mas claro que sempre dou uma olhadinha nas Olsen e na Alexa, né, não sei porque, hehe.)
Curiosidades: Passo perfume no cabelo, e pós nos cílios antes de passar o rímel, eles ficam imensos, hehehe. Passo pó e corretivo na boca também pra usar no lugar de batom e tenho joanete, hahahahaha.

Twitter: www.twitter.com/petruzs
Fotolog: www.fotolog.com/terezasabesambar
Formspring: www.formspring.me/spetruz

Para melhor visualização, a galeria pode ser vista em tela cheia :)



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terça-feira, 28 de dezembro de 2010
posted at 06:43

Aqui embaixo vai a reprodução de um videozinho publicado originalmente no blog Cajon DeSatre, que conta em pouco mais de um minuto grandes acontecimentos para a Moda. Além da animação ser muito bonitinha, eu lanço um desafio pra quem for assisti-lo. Tentar perceber como a história da Moda está entrelaçada com tanto outros acontecimentos de sua época, até porque a moda é um reflexo do que estamos vivendo, do que já passou e do que está por vir.
Então, dá pra fazer um super exercício analisando esse vídeo: como os esportes, a música, as aspirações, as guerras, o espírito, a inovação de um tempo é base para grandes mudanças na Moda. E é um ciclo: a Moda é influenciada e influencia sua época.
Espero que gostem ;)


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domingo, 26 de dezembro de 2010
posted at 18:13

E aí que esses dias no trabalho, quando menos esperava, vi um sapato lindo de morrer passando na minha frente. Não era sandália, não era rasteirinha, sapatilha, nada nisso e, na verdade, nem era sapato feminino. O que até então eu só tinha visto no computador, na época do seu lançamento – e confesso tinha achado horrível – me pareceu a coisa mais linda do mundo vista ao vivo e a cores: Melissa para homens.


Ok, as melissas masculinas dividem opiniões, mas depois que vi aquela beleznhas ganhando a rua, vi o quanto a Melissa foi inteligente e bela na sua criação. A questão aqui, no entanto, não diz respeito apenas as melissas, mas a moda masculina num geral.
Nada de clichês, por favor, a moda caminha pra frente, então esse papo de falar que homem não pode ousar na roupa perde seu foco. A gente até pode entender que a moda masculina tenha demorado muito mais tempo pra se desenvolver do que a feminina, já que as mulheres sempre foram associadas à fertilidade, ao ser que deveria agradar seu companheiro, conquistar e ser belo. Isso vem da Antiguidade, vem das raízes de nossos ancestrais e, consequentemente, fez com que o público feminino fosse, num primeiro momento, o grande estandarte da beleza e cuidado. Assim a moda feminina caminhou mais rápido que a masculina e, quando a segunda tentava ganhar força, havia certa resistência, como se a moda só pudesse pertencer a uma esfera.
Os anos passaram e agora estamos em pleno 2011 – tudo bem, faltam alguns dias – e a moda masculina já tem uma conotação muito diferente do que há tempos atrás. Ou, pelo menos, deveria ter.







Nesse post aqui  já deu pra perceber como os brasileiros aumentaram – e muito! – seus cuidados com a beleza. Depois disso, e com as Melissas masculinas desfilando na minha frente, fiquei pensando o quanto a moda masculina evoluiu e o quanto, ainda bem, tem pra evoluir.
Digo por mim mesma. Moda masculina sempre foi algo meio nebuloso pra mim. Admirava, mas de longe, como se fosse algo menos provocante ou menos instigador do que a feminina e, assim, ela passava quase que despercebida. Então quando comecei a abrir mais meus olhos para isso me toquei o quanto o brasileiro ainda é preconeituoso e impinge estereótipos a torto e a direito. A roupa que o homem veste pode ser uma linha tênue entre ele ser chamado de bixa, ‘macho’, emo, playboy, clubber... são os rótulos sendo grudados na testa e desfilando por aí.
A mulher também sofre disso, mas o problema com os homens é latente. Então, quando você olha pra Paulista e vê aquela multidão de estilos, gostos, desejos masculinos se misturando dá vontade de sorrir com o canto da boca: estamos vivendo em tempos em que o homem pode finalmente ousar.
Que seja em pequenos detalhes, como o corte de cabelo novo que ele tanto queria, que seja na blusa pink que, sim, ainda é olhada meio torto por alguns, que seja numa melissa desfilando nos seus pés, que seja no casaco, na capa, no lenço, na sua vida...
Mas que ele saiba que também pode ousar e que a moda, afinal, não tem sexo.


Crédito das imagens: The Sartorialist

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domingo, 19 de dezembro de 2010
posted at 13:59

Candy Colors
O romantismo nunca esteve tão em alta e, com as candy colors, ele ganhou um colorido especial. No ano que passou, cores bem alegres e delicadas estamparam as roupas das meninas, num visual bem girlie e feminino. Aliado aos babados, laços e plissados, essas cores deram um toque de aquarela ao estilo romântico, mesmo em sapatos e peças mais pesadas.
As cores parecem um saquinho de doces: verde-água, coral, lilás, violeta, azul claro….
 Coleção Pret-a-papier da Mac, esmalte Riva da Chanel e Juliana Jabour primavera verão 2010

Liberty
O liberty não ficou de fora e o floral ganhou espaço no verão de 2010. Sua florzinha delicada pode ser combinada com sapatos mais pesados – como botas e oxfords – além de brincar entre si com as estampas e abusar de acessórios como cachecóis e cardigãs para se sobrepor ao visual.

 
Vestidos, saias e acessórios para ‘quebrar’ o look básico

Oxfords
Já se foi o tempo em que oxfords eram vistos como calçados masculinos. Em 2010, eles mostraram que mesmo em diferente modelos – baixinhos, com saltos grossos, saltos mais finos – e em diferentes cores e estampas – o preto e marrom deu lugar a uma infinidade de tons – podem se tornar super femininos quando combinados com as peças certas. Nas passarelas, vimos várias marcas investirem nos oxfords para 2011, mostrando que a tendência vai continuar. Entre elas estavam Graça Ottoni, Isabela Capeto, British Colony e Maria Bonita Extra.

 
Com meias-calças, vestidinhos leves e femininos, roupas florais ou bicolores e casaquinhos

Renda
Com força total no outono-inverno e continuação mais tímida no verão, a renda apareceu tanto em looks completos quanto em detalhes das peças. Nos desfiles elas vieram revisitadas em diferentes versões, algumas mais ousadas e outras mais delicadas, brincando com o poder de sedução que a peça tem.

  Desfile Elle Saab outono-inverno 2010,  sapatos e bolsas Arezzo

Mini bags
Depois que as maxibags viraram febre ano passado, as mini bags tomaram seu lugar e mostraram seu poder. Nas ruas e no visual das famosas, as mini bags aparecem em diferentes tons e usadas de diferentes formas, ajudando a suavizar looks mais pesados.

 Para todo os gostos e estilos, fossem com alças mais compridas ou mais curtas, transpassadas ou à tiracolo

Verde Militar
O militar invadiu as estantes e araras das lojas, principalmente nas jaquetas da temporada outono-inverno.  A sensação das jaquetas militares levou a cor para outras peças e mesmo para acessórios e maquiagens.
 
Jaquetas, Coleção Les Khaki da Chanel e open boots Santa Lolla

Neon
Para contrapor as candy colors, o neon – ou flúo  – também deu as caras em 2010. Cores muito vibrantes, acesas e que iluminam o visual apareceram em diversos looks no ano. Para aquelas que têm medo de exagerar na produção, o neon também pôde ser usado nos acessórios e maquiagens, auxiliando em visuais mais básicos.

 Batons, sapatos e sombras

Clogs
A primavera-verão 2010 da Chanel já havia adiantado, mas ninguém poderia imaginar que os clogs fariam tanto sucesso! Essa releitura dos tamancos dividiu opiniões e acabou tornando as clogs um dos itens mais comentados do ano pelos fashionistas. Nas passarelas brasileiras, eles também deram o ar da graça, em desfiles como Amapô, Iódice e Lucas Nascimento.

 
Nas ruas, nas festas, no trabalho…

Branco
A cor é é item básico, mas em 2010 ganhou repaginação como destaque das semanas de moda internacionais. Fosse em tranparências, no branco puro, quase brancos ou branco sobre branco. A cor ficou longe de passar despercebido!

 
Desfile Alexander Wang na passarela do New York Fashion Week

Color Blocking
Esse visual mistura grandes blocos de cores sólidas em suas composições e em 2010 começou a ganhar mais adeptos, mostrando movas formas de serem usados. Quase sempre em cores bem vibrantes, os color blockings vieram pra ficar.


 
Nas ruas, nas passarelas e até no tapete vermelho!

Esse texto foi originalmente publicado no blog de consultoria de moda À Moda da casa

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
posted at 11:17

Se no mundo da moda quase sempre os estilistas vêm de famílias da área ou desde pequeno já mostram sinais do que está por vir, Oskar Metsavath foge à regra. Afinal, quem poderia imaginar que um médico – formado em medicina no Rio de Janeiro – acabaria se transformando num dos maiores nomes da moda atual?
Nascido em Caxias do Sul, o médico e diretor de estilo e criação da Osklen aliou essas duas paixões no trabalho que realiza. No entanto, se engana quem pensa que Oskar se “contenta” apenas com essas duas áreas. Além desses trabalhos é fã ardoroso de esportes – suas especialidade na medicina é a esportiva – surfista, alpinista, diretor de documentários e fundador e vice-presidente de Associação dos empreendedores amigos da Unesco. Tá bom ou quer mais?


Desde que criou, isso em 1989, a Osklen, – marca de lifestyle do Rio de Janeiro – o estilista defende a bandeira da sustentabilidade, claramente expresso no estilo e conceito de suas coleções. Os materiais diferenciados, a presença constante da natureza aliada ao universo urbano, os esportes que sempre dão seu ar da graça e um acabamento especial, transformaram a Osklen em sinônimo de inovação e qualidade.
No Brasil já são mais de 55 lojas, além das duas em Milão e Nova Iorque, as de Miami, Tóquio e Roma e inúmeros showroons espalhados pelo mundo.



Mas Oskar não para por aí! Seus projetos ambientais – tema recorrente de seus documentários – o levaram a receber o prêmio “Faz Diferença”, ainda em 2003, por um projeto socioambiental desenvolvido no Ceará com algodão orgânico. Além disso, desenvolveu uma criação para o Andy Warhol Foundation of Art. e foi o responsável pela famosa coleção de relógios “Arpoador” da H. Stern.
Numa versatilidade de espantar, o criador da Osklen transita entre a moda, o esporte, o design, a medicina, o cinema….Com um “toque de midas” tão próprio do estilista.

Mês passado, umas de suas coleções foi tema de falatório no mundo da moda devido a sua parceria realizada com a Riachuelo. A coleção “Rio de Janeiro” tem como foco a visão do estilista sobre a cidade maravilhosa, em mais uma parceria de grandes marcas com redes de fast fashion. Aguardada ansiosamente, a coleção chegou às araras das lojas no dia 16 de novembro e, desde então, não ficou muito tempo por aí: as peças  viraram frisson e voaram das prateleiras para as mãos dos consumidores em pouquíssimo tempo.
Com ótimas críticas da mídia e do público, a  coleção “Rio de Janeiro” promete continuar seu sucesso por muito tempo.



Rio de Janeiro por Oskar Metsavaht from À Moda da Casa on Vimeo.

Para o bem da moda, que Oskar, Osklen e suas parcerias não parem nunca!

Esse post foi originalmente publicado no blog de consultoria de moda À Moda da Casa

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